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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

POR CRISTIANO JANJACOMO ( POVO DO ORIENTE )

A Corrente do Oriente

Escrito por Cristiano Janjacomo
(Publicado em 10/01/2012)
 
A Corrente do Oriente
 
Olá!

Meu axé fraterno a você, que neste momento, está em nosso portal nos prestigiando mais uma vez. Se esta for sua primeira vez por aqui, seja bem-vindo(a)!

Hoje nosso bate-papo é sobre a Corrente ou Linha do Oriente na Umbanda.

Já para desmistificar um pouco, ela não é tão complicada quanto parece. Deixe a essência entrar em seu coração e você verá que é uma Corrente muito rica em detalhes, mas simples como toda a nossa Umbanda.

Primeiramente é importante voltarmos no passado e entendermos o conceito de ocidente e oriente. Estes termos foram criados pelos europeus, bem antes das Américas serem descobertas. Então, eles determinaram que a Europa era o ocidente e a Ásia, oriente. Com o descobrimento das Américas – pelos europeus – este conceito de ocidente e oriente foi trazido para cá também e passamos a fazer parte, desta forma, do ocidente.

Mas a Corrente do Oriente não recebeu este nome por ter “somente” entidades orientais (japoneses, chineses, mongóis, indianos etc.), nem mesmo por conta da posição geográfica. Não. O Oriente neste caso é por causa do Grande Oriente Luminoso, uma escola iniciática do astral, para espíritos já ascensionados.

No Grande Oriente Luminoso é dividido em subsedes (como o Templo da Luz Branca e o Templo da Luz Dourada, por exemplo) e encontram-se culturas, linguas, conhecimentos esotéricos e magísticos já não mais existentes no plano material. Lá também se encontram os grandes sábios e espíritos que não mais necessitam da encarnação à milênios, mas que estão dispostos a ajudar seus semelhantes ainda encarnados. Aqui podemos citar um dos mais conhecidos: Ramatis.

Os espíritos atuantes pela Linha do Oriente tem como símbolo o Sol, que representa Pai Oxalá (um dos Orixás que sustenta a Corrente do Oriente juntamente com Xangô) e são mestres do ocultismo. As cores são o amarelo dourado (que significa elevação espiritual e sabedoria) e o rosa da alvorada. Utilizam muito as cores, incensos, essências, perfumes e tudo que ajude a fazer com que o ambiente fique mais iluminado e perfumado, deixando assim uma atmosfera mais favorável para as irradiações do Grande Oriente.

A Corrente do Oriente é formada por 7 legiões de espíritos. São elas:

- Indianos, chefiados por Pai Zartu. São espíritos de antigos sacerdotes, mestres iogues etc. É nesta legião que encontramos Ramatis.

- Árabes, Persas, Turcos e Hebreus, chefiados por Pai Jimbarue. Espíritos de mouros, guerreiros nômades do deserto, sábios marroquinos etc. A maioria é de origem mulçumana e uma das falanges é composta por rabinos e mestres judeus.

- Chineses, Tibetanos, Japoneses e Mongóis, chefiados por Pai Ory do Oriente. Curiosamente há uma falange composta por espíritos esquimós que trabalham com desmanche de demandas e de magia negra.

- Egípcios, chefiados por Pai Inhoarairi. Encontramos antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos.

- Maias, Toltecas, Astecas, Incas e Caraíbas, chefiados por Pai Itaraici. Espíritos de sacerdotes, chefes e guerreiros destes povos da América Pré-Colombiana.

- Europeus, chefiados pelo Imperador Marcus I. Sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de origem europeia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos etc.

- Médicos, Curadores, Sábios e Xamãs, liderados por Pai José de Arimatéia. Espíritos destas falanges são especialistas na arte da cura.


Neste ponto de nosso bate-papo, já é possível termos claro de que a miscigenação de culturas e conhecimentos é gigantesca. Mas vale lembrar que as entidades estão trabalhando na Umbanda e desta forma, usarão seus conhecimentos fundidos aos da Umbanda, ou seja, uma entidade de origem budista não usará a filosofia pura do budismo em seus atendimentos, mas sim, somará o que há de melhor do budismo para a Umbanda. E assim por diante.

É por causa de tudo isso que as entidades podem falar línguas diferentes, algumas até não mais existentes no plano material, principalmente durante um diálogo entre espíritos da própria falange. Em outras vezes, podem falar um português impecável. Isto pode causar certa estranheza em umbandistas de escolas mais tradicionais, assim como causou em mim nos meus primeiros contatos com a Corrente do Oriente - confesso, mas que se formos estudar e analisar melhor são coisas normais, justamente por conta das distintas culturas que fazem parte desta Escola do astral.

Linha dos Ciganos também fazia parte da Corrente do Oriente, pois não se encaixava em nenhuma outra, mas hoje esta linha já tem seu arquétipo próprio de trabalho em nossa Umbanda Sagrada. É por este motivo que eles trazem algumas bases da Corrente do Oriente que são os brilhos, o dourado, o uso de incensos, cartomancia e muito mais.

Que fique claro que a Linha do Oriente não é melhor ou pior do que qualquer outra Corrente atuante dentro da Umbanda, pois cada uma tem suas particularidades, seus conhecimentos e procedimentos. O que importa na verdade é que a Umbanda é uma só, ou seja, é composta por diversas correntes e todas buscam o mesmo fim: ajudar a quem via buscar por ajuda.

Para se aprofundar mais na Corrente do Oriente, cito um livro muito bom que se chama “A Linha do Oriente na Umbanda”, de Alberto Marsicano e Lurdes de Campos Vieira (Editora Madras), cujo eu utilizei como base neste pequeno resumo sobre esta Corrente maravilhosa.

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Que a Linha do Oriente alumine a bençoe a todos, hoje e sempre! Ori Babá.


Até a semana que vem!
 
 
Obs.: Este texto poderá ser divulgado livremente, desde que mantida a citação de fonte (www.tendadopaibenedito.com.br) e autoria (Escrito por Cristiano Janjacomo). Respeite os direitos autorais!
 

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